quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Panetone do tempo da vovó

Panetone da vovó
Panetone é tudo de muito bom.
Estamos tão acostumados com produtos industrializados que esquecemos das delícias que eram feitas pelas nossas avós. Naquele tempo não havia os conservantes, melhoradores de massas e etc, etc, etc que existem hoje e por isso tudo era muito mais saboroso.
A receita deste panetone é de um livro que foi da minha avó materna. O nome é A Alegria de Cozinhar e a autora, Helena Sangirardi. Uma verdadeira relíquia, como podem ver pela foto. A cada uso é um pedacinho dele que se vai, ainda que tomando o maior cuidado.
Ele foi impresso em 1950, pela Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais Ltda, para a Livraria Martins Editora S.A.  Não preciso nem dizer  o quanto fiquei feliz quando o recebi de presente. Minha avó o consultou muito (várias páginas tem suas anotações com letra impecável) e eu, desde que ganhei o tenho como referência culinária. Eu costumo chamá-lo de "bíblia". Aqui em casa já estão tão acostumados que quando manifesto vontade de fazer alguma coisa que nunca fiz alguém logo pergunta: - você já viu se tem na bíblia? rsrs
É certo que os panetones industrializados são uma delícia, sem dúvida alguma, mas esses do tempo da vovó tem um sabor especial e imbatível. 
Hoje, em cima da hora, resolvi fazer esta receita. As únicas coisas que coloquei de diferente foram as frutas cristalizadas que já encontramos picadinhas nos mercados, as uvas passas sem sementes também encontradas nos mercados e a essência de panetone que na época, que eu saiba, não existia porque em todas as receitas antigas que vejo são usadas raspas de casca de laranja e limão, mas as vezes nem isso. Em outros anos fiz sem a essência e ficou igualmente delicioso (sim, porque é claro que já experimentei rsrsrsr). 
Resumo da ópera? Teremos panetone para todos os gostos.
Não vou colocar a receita aqui porque não sei se alguém detém os direitos autorais e também porque o meu intuito foi só fazer pensar, reviver ou conhecer algo diferente do que temos mais à mão hoje.
A Alegria de Cozinhar - Helena Sangirardi

domingo, 13 de dezembro de 2009

Árvore de Natal e Saia

Conforme prometi em fevereiro, estou postando a foto da nossa árvore de natal enfeitada com as bolas em patchwork e as estrelas em apliquè que fiz ano passado e que não deu para mostrar por causa do problema que tive com o HD.

Aproveito para postar também uma saia para a árvore que fiz a "toque de caixa", também ano passado. Simplezinha, em algodão e com somente um apliquè de cada lado, mas que deu um toque especial.

FELIZ NATAL



Saia para Árvore de Natal

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Pão Integral com Aveia e Linhaça

Entre uma laçada e outra o pensamento viaja e numa dessas viagens me veio uma saudade enorme de fazer pão, outra das minhas paixões além dos trabalhos com fios e agulhas.

Dentre as centenas de receitas, e muitas delas excelentes, nenhuma que me atraísse naquele momento. Qual fazer então? Penso, penso, verifico os ingredientes e resolvo adaptar uma receita de pão branco para pão integral acrescentando aveia e linhaça.

Com absoluta falta de modéstia posso dizer que o resultado não poderia ser melhor. A aprovação foi geral.

PÃO INTEGRAL COM AVEIA E LINHAÇA

Ingredientes

3 ovos

1 xícara de chá de óleo

1 xícara de açúcar mascavo

1 colher de sopa de sal

500 ml de água morna

600 gr de farinha de trigo integral fina

400 gr de farinha de trigo branca

20 gr de fermento biológico seco instantâneo (Fermix)

1 xícara de chá de aveia grossa (não a laminada e sim a intermediária entre esta e a fina)

1 xícara de chá de semente de linhaça triturada (eu já tinha aqui em farelo, mas dá para tritura-las no liquidificador)

Modo de fazer

No liquidificador e nesta ordem: os ovos, o óleo, o sal, o açucar, a água, um pouco da farinha branca e o fermento → bater até homogeneizar.

Na batedeira: colocar a mistura obtida no liquidificador e acrescentar aos poucos o restante da farinha enquanto vai batendo. Bater bastante mesmo depois de colocar toda a farinha → a massa deve formar bolhas. Se necessário, desligar um pouco a batedeira de vez em quando. Por último acrescentar a aveia e a linhaça, batendo mais alguns minutos.

Na bancada enfarinhada (com farinha branca): colocar a massa obtida na batedeira e ir amassando, virando, sovando bastante → massa de pão gosta de apanhar!

A massa no começo está meio pegajosa, mas aos poucos vai ficando mais firme → continuar amassando.

De repente ela “desmaia”, fica molenga e pegajosa de novo → não desanime!

Continuar amassando colocando um pouquinho de farinha de vez em quando, só para aliviar aquele grude da mão. Se necessário polvilhar mais farinha na bancada (só um pouquinho) → a massa voltará a ficar mais firme.

Dividir a massa como preferir, formar os pães e colocá-los em formas untadas com uma camada fina óleo → com um pouquinho de massa fazer uma bolinha e colocar em um copo com água.

Cobrir os pães com guardanapo + um pano quente (flanela, lãzinha) + um plástico e por fim uma toalha (de mesa) e levar ao forno previamente aquecido e depois DESLIGADO!! → ele estará quentinho e não há estufa melhor para o pão descansar enquanto cresce → Atenção!! O forno deve ser aquecido levemente.

Quando a bolinha subir os pães estarão crescidos e é só levar para assar → quando estiverem bronzeados, borrifar água fria 3 vezes antes de retirá-los do forno. Isso deixa a casca mais crocantinha.

Desenformar assim que sairem do forno.

Observações:

Os pães ficam leves e muito saborosos.

Os meus levaram 40 minutos para crescer e aproximadamente esse mesmo tempo para assar.

Esta receita tem algumas etapas mas não é trabalhosa.

Aqui o tempo hoje está chuvoso e a temperatura mais baixa, mas em dias quentes embrulho os pães da mesma forma só que em vez do forno, coloco para crescerem no sol. Sempre dá certo.

Em dias quentes pode-se também diminuir a quantidade de fermento.

Eu gosto de usar formas para pão de forma porque assim os pães tem de crescer, obrigatoriamente, para cima e não se “esparramam”.

É isso. Mão na massa e bom apetite!